quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Incursionando no Inferno - A história na história

Incursionando no Inferno – A Verdade da Tropa, foi escrito durante os anos de 1993 e 1994, tendo sido registrado na Biblioteca Nacional em 08 de dezembro de 1994.

Sua concepção se deu no próprio BOPE, quando, refugiado num velho sótão onde funcionava o almoxarifado do Batalhão, me debrucei nas horas de folga sobre uma velha máquina de escrever, e fui colocando no papel as experiências dos meus aguerridos companheiros, entremeando uma ou outra participação minha.

Em 1995, parte do livro foi digitada por dois amigos do BOPE: o então Soldado Heliomar e o Cabo Pinheiro, ambos agora Sargentos. Infelizmente o disquete onde fora gravado se perdeu, num descuido meu durante uma mudança.

Em 1996 re-digitei pessoalmente todo o livro no computador do então Capitão Jurandi André, da Polícia Militar do Paraná. Eu me encontrava cursando o CAO – Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – naquela coirmã e, Jurandi, grande amigo, hoje Coronel comandante da Unidade do Corpo de Bombeiros de Maringá, dedicou tempo precioso do seu lazer para me ensinar a trabalhar com “Carta Certa”, uma linguagem que os mais jovens nunca ouviram falar. Naquele ano incluí um capítulo baseado em fato ocorrido em 1995.

Em 2002 emprestei a cópia impressa, única que tinha, a um amigo. Nunca mais a recebi de volta. Prudentemente, eu havia guardado o disquete em lugar seguro e o salvei num computador da Secretaria Especial de Prevenção à Dependência Química do Rio de Janeiro, onde eu trabalhava prestando assessoria. Eu não possuía computador em casa.

Um ano após haver retornado à PM, tentei ler o arquivo e o disquete não abriu. Para minha sorte, dessa vez alguém mais inteligente e mais cuidadoso havia feito cópia de todo material intelectual por mim produzido durante minha permanência na prefeitura, e me mandou de presente; lá estava o arquivo digital do livro.

Em 2006, um tanto cético sobre publicá-lo, acreditando que o mercado não se interessaria por uma outra obra sobre o mesmo assunto (o Elite da Tropa estourava nas livrarias exibindo um BOPE diferente do que eu me propunha mostrar), conversei com a “Madrinha” e contei-lhe o que se passava. Ela me pediu que lhe enviasse uma cópia a qual devorou em uma noite e, no dia seguinte, apresentou-a, com minha permissão, ao jornalista Gustavo de Almeida, do Jornal do Brasil.

Madrinha e Gustavo foram, assim, derradeiros colaboradores para a publicação. Ela por encorajar-me, ao declarar suas impressões positivas; uma opinião abalizada, credenciada, e o Gustavo por efetuar a revisão da obra no seu aspecto literário, conforme se vê nos créditos.

Sobre a obra em si, desde o primeiro momento eu tinha em mente que seria uma homenagem ao BOPE; aos seus homens, suas lutas seus sacrifícios.

Estava decidido a não escrever um livro que retratasse heroísmos irreais. Faria-no em forma de supra-realidade, sim, substituindo locais, datas, nomes de pessoas por dados fictícios a fim de preservar identidades. Todavia, procuraria manter a narrativa mais próxima possível da realidade, ou seja, na forma ocorrida.

E assim foi feito. Incursionando no Inferno não relata aventuras de super-homens, mas de soldados vocacionados, dedicados, que se auto-superam todo o tempo e que acreditam no que fazem.

Sua vendagem é excelente, não obstante nossa dificuldade na distribuição para as livrarias.

Ainda ontem ele era o 7º livro mais vendido de ficção policial das Americanas.com e estava em 17ª posição na mesma categoria na Saraiva virtual.

Há mais de dez mil referências sobre ele na internet e sua vendagem alcança o exterior, com eventuais pedidos que chegam de Portugal.

Em breve este site estará vendendo-o com preço mais em conta e a entrega será pelos Correios através de reembolso postal.

Bem, por enquanto é isso.

Em nova postagem trarei informações interessantes sobre páginas da internet que falam da obra.

Um abraço aos meus leitores e agradecimentos a todos que contribuíram para que chegássemos aqui.

Lealdade, destemor, integridade!
Mário Sérgio de Brito Duarte
Coronel PMERJ Caveira37

5 comentários:

  1. COMANDANTE ESTAREI COM CERTEZA ADQUIRINDO VOSSA OBRA LITERARIA, PELO QUE JA LI A RESPEITO TEM MUITO SOMAR O CONTEUDO DE SEU LIVRO, EXPERIÊNCIAS UNICAS...
    FORTE ABRAÇO
    FILIPINO

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  2. Cel Mário Sérgio, parabéns pelo sucesso (merecido) de seu livro. No entanto, o sr. fica nos "devendo" um outro, ok ?? naõ pode parar de escrever para seu público.

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  3. Muito Bom o Livro!

    Jà o li várias vezes bem como o emprestei a policiais amigos meus.
    Muitas pessoas, Civis e principalmente Militares gostam de Livros que contam histórias policiais, tipo o seu, Matar ou Morrer do Conte Lopes, Força Delta, Rota 66 entre outros ....

    SMJ porque o Senhor não junta histórias de Ocorrências do BOPE bem como de alguns COESp e lança um novo livro? Seria Muito Interessante.....

    Abraço.

    Sgt Dion
    PMSC

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  4. Sou filha de um ex caveira também guerreiro e combatente, sou filha do Sargento Retameiro que foi um dos primeiros caveiras do Bope, antes chamado COE. Conheci toda a trajetória de perto, ouvindo meu pai falar, e acompanhando alguns cursos na ilha grande. Sou admiradora do Bope antigo. Quero adquirir este livro.

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  5. Incursionando no Inferno - A Verdade da Tropa disse...
    Prezada Gleice
    Primeiramente gostaria de dizer-lhe que seu pai é um nome inesquecível para o BOPE.
    Sou, em parte, um filho dele também, posto que fui seu aluno no COEsp. Depois ele foi meu monitor na matéria sobre explosivos. Eu era o instrutor, mas ele sabia muito mais que eu.
    Era um grande companheiro e combatente.
    Sobre o livro gostaria de ofertá-lo em memória de seu pai.
    Escreva-me no email caveira37@yahoo.com.br para que possa enviá-lo.
    Um grande abraço.
    Ah! Apenas um reparo: Seu saudoso pai deve ser lembrado como o que ainda é: CAVEIRA (não ex caveira), ontem, hoje e sempre.
    Força e honra!

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